Futuro do Hospital Bom Retiro ainda indefinido

Do Quintal | 09:37 |


O futuro do prédio do Hospital Psiquiátrico Bom Retiro continua indefinido. No ano passado, a sua proprietária, a Federação Espírita do Paraná (FEP), firmou contrato com a incorporadora Invespark Empreendimentos Imobiliários, pelo qual a empresa construiria um condomínio habitacional e um comercial na área de 65 mil metros quadrados, e em troca receberia parte das salas para locação. No último mês, porém,  quando seria iniciada a demolição, acatando determinação do Ministério Público do Paraná, a Prefeitura de Curitiba suspendeu o alvará para demolição para que uma comissão organizada pela Secretaria Municipal de Urbanismo avalie se  o prédio é ou não de interesse para preservação.

Os pacientes foram transferidos em setembro  para o novo hospital construído pela FEP no bairro Guabirotuba, próximo ao Big Avenida das Torres.
Inaugurado em 31 de março de 1945, foi a partir dele que surgiu o nome do bairro Bom Retiro, do qual mais de seis décadas depois continua sendo o principal marco referencial.  O anúncio de sua demolição causou comoção entre moradores do bairro e membros da comunidade espírita de Curitiba. Daí o MPP determinar que a Prefeitura suspendesse o alvará para demolição até que o imóvel seja avaliado.
Lins de Vasconcellos
O terreno de 65 mil metros quadrados, no número 1552 da Nilo Peçanha, foi adquirido em 1924,  quando a FEP era presidida pelo engenheiro agrônomo e empresário Arthur Lins de Vasconcellos, um dos expoentes do espiritismo no Brasil. Foi Lins de Vasconcellos também quem doou a maior parte dos recursos para a construção do prédio.
Falecido em 21 março de 1952, em São Paulo, Lins de Vasconcellos foi sepultado nos jardins do sanatório, como era o seu desejo. Seus restos mortais foram transferidos no último mês para o Recanto Lins de Vasconcellos, uma área de 310 mil metros quadrados na divisa entre Balsa Nova com Campo Largo, onde funciona o Centro de Treinamento da FEP.
Comissão
A Comissão de Avaliação do Patrimônio Cultural é formada por representantes da Secretaria Municipal de Urbanismo, IPPUC, Fundação Cultural de Curitiba e Procuradoria Geral do Município. Ela analisa se o imóvel  tem ou não importância histórica ou arquitetônica que justifique sua transformação em Unidade de Interesse de Preservação. Caso seja considerado que sim, a preservação pode ser da integralidade da edificação ou somente de sua fachada. De acordo com a assessoria de comunicação da SMU,  ainda não há previsão para a divulgação do resultado da avaliação.

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